Taubaté, pintada por Debret
Em artigo brilhante publicado na coluna semanal “O quinto poder”, no Diário de
Jacareí, o escritor José Luiz Bednarski, da Academia Jacarehyense de Letras,
destaca a contribuição da terra que já foi do biscouto, de Antônio
Afonso e das montanhas azuis (segundo pintura do neoclássico Jean-Baptiste Debret) no destino da nação brasileira. Graças a um esforço hoje mais consciente da população culta, o
trecho paulista atualmente denominado RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e
Litoral Norte) está sendo revisto em sua justa dimensão pelos historiadores amantes
da verdade.
Como
já citou Bednarski, também foi de Jacareí que saiu o personagem, cognominado “Nelson” (por questões de segurança), mencionado
por ele na coluna, de 28 de maio, especialmente para descobrir e denunciar que Bangcoc, na Tailândia era o esconderijo do malfadado ex-“ordenança” de Fernando Collor de Mello, Paulo César Farias, homem mais procurado pela
justiça brasileira da época. Sim, digo “especialmente” não que tenha sido por vontade dele ou da empresa em que trabalhava e o mandou para aquele país,
como relata a história oficial. Mas, por determinação do destino que sempre floreia os fatos
antes de pregar-nos peças. Ou você acha que alguém, justamente um jacareiense,
iria a serviço de quem quer que fosse para a Tailândia para, num momento de
folga, assistir a um show de danças folclóricas à toa? O destino imita a
literatura! Tanto que PC Faria, aparentemente do nada, decidiu expor-se publicamente
e ir ao folguedo. Caiu na armadilha da sorte. Curioso que ele andava sempre acompanhado
da esposa e de uma vidente (!), como relata Bednarski na crônica. Ou a vidente
era uma farsante ou estava a serviço de um destino irônico. Faça você também literatura e
escolha uma das hipóteses.
Mas,
falávamos de momentos importantes em que a cidade, segundo o escritor, “move a roda verde-amarela da
história”. Se Jacareí teve participação ocasional no episódio em que o lendário
deputado Tenório Cavalcanti, o homem da capa preta, envolveu-se no assassinato
de um policial rodoviário na Rodovia Presidente Dutra, também o teve na independência do
Brasil com a passagem de Dom Pedro I pela cidade antes de dar o grito histórico. De
arremate, Bednarski fala da tocha olímpica, símbolo das Olimpíadas, – que beira a tornar-se “pecha
olímpica” a depender da situação pela qual o país estará passando em julho deste ano quando sediar o evento (que Zeus a proteja).
Porém, o literato destino, ao qual nos referimos neste texto, envia-nos novos sinais de que
continua prestigiando a terra afonsina: coloca em sintonia Bednarski e a psicanalista e professora e Esther Rosado, duas magnas
expressões literárias de Jacareí. Coincidentemente nesta mesma
semana esses dois articulistas que não se veem há um bom tempo escreveram em dois jornais diferentes da cidade e evocaram no mesmo dia,
nas respectivas colunas semanais, a memória de dois grandes pintores nascidos em
Paris e que também visitaram Jacareí: o neoclássico Jean-Baptiste Debret
(1768-1848) e o impressionista Claude Monet (1840-1926).
Debret
viera a convite de Dom João VI para fundar no Brasil a Academia Imperial de
Belas Artes, hoje Escola de Belas Artes, incorporada à UFERJ-(Universidade
Federal do Rio de Janeiro). O pintor, em certa época do período de 15 anos
que viveu no Brasil (1816 a 1831), retratou várias cidades do Vale do Paraíba inclusive
Jacareí, conforme conta-nos Bednarski na coluna.
Monet, por sua vez, esteve em Jacareí esta semana por inspiração de Esther Rosado e cumplicidade do
marido. Enquanto Nelson fingia fotografar um ipê cor de rosa certa manhã de
suave sol outonal, próximo ao ribeirão do Turi, Monet de cima da mesma árvore enviava para a escritora
pétalas de flor de ipê que pareciam (para quem as visse) desprender sozinhas da árvore e cair no local
em que ela, Esther, no carro, esperava pelo marido. A escritora conta que brincava de “tornar-se absolutamente feliz” se uma
caísse em suas mãos. “Na ficção podemos tudo”, justificou. Ela deixou
para contar ao Nelson sobre a brincadeira da sorte somente por intermédio da citada
crônica do jornal quando chegasse às mãos dele, mas Nelson já sabia de tudo antes de ler a crônica: havia sido ele quem combinou a brincadeira com
Monet para surpreender a mulher. Pois é, Esther, o destino é ficcionista.
Em artigo brilhante publicado na coluna semanal “O quinto poder”, no Diário de
Jacareí, o escritor José Luiz Bednarski, da Academia Jacarehyense de Letras,
destaca a contribuição da terra que já foi do biscouto, de Antônio
Afonso e das montanhas azuis (segundo pintura do neoclássico Jean-Baptiste Debret) no destino da nação brasileira. Graças a um esforço hoje mais consciente da população culta, o
trecho paulista atualmente denominado RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e
Litoral Norte) está sendo revisto em sua justa dimensão pelos historiadores amantes
da verdade.
Como
já citou Bednarski, também foi de Jacareí que saiu o personagem, cognominado “Nelson” (por questões de segurança), mencionado
por ele na coluna, de 28 de maio, especialmente para descobrir e denunciar que Bangcoc, na Tailândia era o esconderijo do malfadado ex-“ordenança” de Fernando Collor de Mello, Paulo César Farias, homem mais procurado pela
justiça brasileira da época. Sim, digo “especialmente” não que tenha sido por vontade dele ou da empresa em que trabalhava e o mandou para aquele país,
como relata a história oficial. Mas, por determinação do destino que sempre floreia os fatos
antes de pregar-nos peças. Ou você acha que alguém, justamente um jacareiense,
iria a serviço de quem quer que fosse para a Tailândia para, num momento de
folga, assistir a um show de danças folclóricas à toa? O destino imita a
literatura! Tanto que PC Faria, aparentemente do nada, decidiu expor-se publicamente
e ir ao folguedo. Caiu na armadilha da sorte. Curioso que ele andava sempre acompanhado
da esposa e de uma vidente (!), como relata Bednarski na crônica. Ou a vidente
era uma farsante ou estava a serviço de um destino irônico. Faça você também literatura e
escolha uma das hipóteses.
Mas,
falávamos de momentos importantes em que a cidade, segundo o escritor, “move a roda verde-amarela da
história”. Se Jacareí teve participação ocasional no episódio em que o lendário
deputado Tenório Cavalcanti, o homem da capa preta, envolveu-se no assassinato
de um policial rodoviário na Rodovia Presidente Dutra, também o teve na independência do
Brasil com a passagem de Dom Pedro I pela cidade antes de dar o grito histórico. De
arremate, Bednarski fala da tocha olímpica, símbolo das Olimpíadas, – que beira a tornar-se “pecha
olímpica” a depender da situação pela qual o país estará passando em julho deste ano quando sediar o evento (que Zeus a proteja).
Porém, o literato destino, ao qual nos referimos neste texto, envia-nos novos sinais de que
continua prestigiando a terra afonsina: coloca em sintonia Bednarski e a psicanalista e professora e Esther Rosado, duas magnas
expressões literárias de Jacareí. Coincidentemente nesta mesma
semana esses dois articulistas que não se veem há um bom tempo escreveram em dois jornais diferentes da cidade e evocaram no mesmo dia,
nas respectivas colunas semanais, a memória de dois grandes pintores nascidos em
Paris e que também visitaram Jacareí: o neoclássico Jean-Baptiste Debret
(1768-1848) e o impressionista Claude Monet (1840-1926).
Debret
viera a convite de Dom João VI para fundar no Brasil a Academia Imperial de
Belas Artes, hoje Escola de Belas Artes, incorporada à UFERJ-(Universidade
Federal do Rio de Janeiro). O pintor, em certa época do período de 15 anos
que viveu no Brasil (1816 a 1831), retratou várias cidades do Vale do Paraíba inclusive
Jacareí, conforme conta-nos Bednarski na coluna.
Monet, por sua vez, esteve em Jacareí esta semana por inspiração de Esther Rosado e cumplicidade do
marido. Enquanto Nelson fingia fotografar um ipê cor de rosa certa manhã de
suave sol outonal, próximo ao ribeirão do Turi, Monet de cima da mesma árvore enviava para a escritora
pétalas de flor de ipê que pareciam (para quem as visse) desprender sozinhas da árvore e cair no local
em que ela, Esther, no carro, esperava pelo marido. A escritora conta que brincava de “tornar-se absolutamente feliz” se uma
caísse em suas mãos. “Na ficção podemos tudo”, justificou. Ela deixou
para contar ao Nelson sobre a brincadeira da sorte somente por intermédio da citada
crônica do jornal quando chegasse às mãos dele, mas Nelson já sabia de tudo antes de ler a crônica: havia sido ele quem combinou a brincadeira com
Monet para surpreender a mulher. Pois é, Esther, o destino é ficcionista.
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