sábado, 11 de junho de 2016

Em homenagem a Maurício de Souza

“Eu esclevo estas maltlaçadas linhas pala dizel que molo de amoles pol você”, diria Cebolinha em carta a Mônica no Dia dos Namorados, se já não o dissera alguma vez para aquele coraçãozinho de pedra. Como o Maurício de Souza já publica a turma na fase Teen, posso imaginar um soneto em versos dodecassílabos (de doze sílabas) que o adolescente Cebola mandaria para a jovem amada:

Cholamingo do namolado não colespondido

Lá na escola até deixei de jogá bola.
Eu já nem blinco e até estudo com afinco.
Se levo blonca toda vez que faço cola,
É que eu fico no WatsApp até as cinco.

Falo co’a tulma no WatsApp pla não lê
Quando me canso de estudá o poltuguês.
Se vou dolmi sonho dileto com você
Que se negou a me beijá mais uma vez.

Me tilam salo a Magali e o Cascão
Polque soubelam que levei uma “coelhada”
Quando eu quis só segulá na sua mão

O chico Bento até me chama de “azalado”
E o Anjinho, esse então, ajuda em nada!
Diz que é anjo, mas cupido não é não!


Ofereço esta brincadeira literária a minha colega de academia Esther Rosado porque tenho certeza de que depois de ler essas “maltlaçadas linhas” ela dirá: “Que gracinha!”

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