“Eu esclevo estas maltlaçadas linhas pala dizel que molo de amoles pol você”, diria Cebolinha
em carta a Mônica no Dia dos Namorados, se já não o dissera alguma vez para
aquele coraçãozinho de pedra. Como o Maurício de Souza já publica a turma na
fase Teen, posso imaginar um soneto em versos
dodecassílabos (de doze sílabas) que o adolescente Cebola mandaria para a jovem
amada:
Lá
na escola até deixei de jogá bola.
Eu
já nem blinco e até estudo com afinco.
Se
levo blonca toda vez que faço cola,
É
que eu fico no WatsApp até as cinco.
Falo
co’a tulma no WatsApp pla não lê
Quando
me canso de estudá o poltuguês.
Se
vou dolmi sonho dileto com você
Que
se negou a me beijá mais uma vez.
Me
tilam salo a Magali e o Cascão
Polque
soubelam que levei uma “coelhada”
Quando
eu quis só segulá na sua mão
O
chico Bento até me chama de “azalado”
E
o Anjinho, esse então, ajuda em nada!
Diz
que é anjo, mas cupido não é não!
Ofereço esta brincadeira literária a minha colega de
academia Esther Rosado porque tenho certeza de que depois de ler essas
“maltlaçadas linhas” ela dirá: “Que gracinha!”
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