sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Filme chega defasado, mas esclarecedor

Calloni, Flávia, Bruce e Baldacerini


Assisti sexta-feira, 8, o filme “Polícia Federal -  A lei é igual para todos” baseado na “Operação Lava-jato” de combate à corrupção no Brasil. Uma produção bem feita graças principalmente ao profissionalismo da equipe, Antonio Calloni, Flávia Alessandra, Bruce Gromlevsky e João Baldacerini (na ordem da foto), porém não perfeita.

Tem méritos. Quem ainda não entendeu o momento pelo qual o país atravessa, tem uma boa oportunidade de colocar os fatos em ordem mais clara e entende-los. É inevitável também que a produção gere críticas apaixonadas porque cita com todas as letras PT, PMDB e PP como principais grupos que adotam a corrupção como norma de exercer política e poder. Assim, transformam cargos e ações políticas em negócios bilionários.

Numa segunda leitura, entretanto, tem-se a impressão de que “Polícia Federal -  A lei é igual para todos” será benéfico para as operações anticorrupção que se desdobraram a partir do escândalo da Petrobrás, embora popularmente todas sejam chamadas de ‘lava jato” independente do nome e finalidade que tenham.

Também, o filme vai colaborar para a consolidação dos trabalhos que são realizados ininterruptamente de combate à corrupção e nos surpreendem a cada dia. Isto prejudicou em parte o filme porque ele estreou defasado; boa parte dele serve apenas como referência, dada a riqueza de outros fatos que a cada dia apareceram, continuam aparecendo e superam os anteriores.

Há grandes valores implícitos no filme. Um deles é o de aumentar o número de pessoas que passarão a ver nossos problemas com mais clareza – isto pode provocar uma reação positiva de desejo de combatê-los, portanto, aumenta a consciência de cidadania.  Outro é ver a dimensão da guerra da qual estamos envolvidos indiretamente e podemos ajudá-la se passarmos a nos envolver nela diretamente. E apenas para citar mais uma de tantas outras, e devolver-nos a esperança de que podemos deixar um país melhor para as próximas gerações.


Um adendo: com um pouquinho de imaginação, dá para enquadrar a delação-bomba do ex-ministro de Lula e Dilma, Antônio Palocci, divulgada exatamente no dia em que o filme foi lançado nacionalmente (7 de setembro, Dia da Independência). Esse e outros sinais são bem nítidos, mas o espaço não me permite comentar, porém, você poderá percebê-los indo assistir ao filme. 

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