Vejo pela janela apenas
uma fração da minha cidade
sendo retocada
no Photoshop do entardecer.
Logo mais,
a noite vai deixar negra
a mancha agora verde da capituba
que aos poucos
engole o rio,
como se fosse a mando
de um inimigo
que tenta me proibir
de ser feliz.
Seja lá quem for,
vai conseguir
que tudo desapareça
daqui a pouco,
daqui a pouco,
menos a certeza
de que,
amanhã, no horário de sempre,
uma nova luz recomporá
a cena.
Obrigado,
Deus.
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