O palhaço Dinho com voluntários da "Suzano"
No final da manhã de terça-feira, 1º de olhtubro deste 2019, o micro-ônibus do Colégio Lamartine parou no farol vermelho das ruas Capitão João José de Macedo com XV de Novembro, no centro de Jacareí. Quem está sempre por ali percebeu uma situação diferente da costumeira: Dinho, o palhaço de rua que agitava o pedaço havia dois anos e meio, não acenou barulhento para mexer com os estudantes durante aquele rápido momento de semáforo fechado.
Foi que moradores de um prédio de apartamentos em frente deram queixa à Prefeitura e a fiscalização acabou com a alegria da esquina. Alegaram os reclamantes que as rápidas palhaçadas do Dinho para com os motoristas e passageiros, de segunda a sexta, incomodavam.
Mesmo que você ache o contrário, deve concordar que devemos respeitar
sim limites de barulho nas vias públicas, mas dentro de uma prática de bom
senso e justiça. Há shows noturnos em altos volumes por toda Jacareí, inclusive
próximos a hospitais. Carros com alto-falantes a esbanjarem decibéis por aquele
mesmo cruzamento, além de motos de escapamento aberto cuja aproximação ouve-se a quilômetro; dia e noite.
Tais incômodos infernizantes
permanecem impunes e “inqueixáveis”. Alguns desses ruídos incomodam faz anos.
Guardas noturnos circulam de moto com sirenes intermitentes, não sabemos se para tranquilizar
os moradores ou lembrar aos ladrões em potencial que o pedaço tem dono. Palhaçada sem graça.
Vamos torcer por soluções sem preconceitos. Tomara o poder público consiga impor o desejado silêncio dentro das regras da igualdade. É bom destacar:
tais exemplos de ruídos constantes são muito mais agressivos comparados à palhaçada inocente
do Dinho. É difícil viver à cata de uns trocados na busca por sobreviver, mais ainda fazendo graça. Passe por lá e veja como aquele canto da velha
cidade ficou mais triste sem o palhaço que o adotara.
Saudades do
tempo em que não víamos a hora que instalassem um circo em Jacareí (principalmente no Largo do Riachuelo) para vermos o
palhaço, Mesmo com as surradas performances e
velhas piadas que já sabíamos de cor, sempre as achávamos engraçadas. E ai de
quem não as achasse.